quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Arrancada nos EUA, uma experiência única

As vezes nos pegamos, eu e o Carbonera, tratando sobre a arrancada que fomos nos EUA ano passado. Talvez não o melhor evento americano, porém nosso primeiro evento de arrancada fora do Brasil. Acostumados em ir pro Velopark, Guaporé, Tarumã e mais algunas pistas regionais do RS fomos desvendar o que rola nos eventos americanos.

Nosso destino, Orlando Street Nationals, uma prova que reune muitos aficcionados pela velocidade. Prova de 402 metros com carros blower, aspirados nitro e turbo. Basicamente todos os carros com portas. Uma das coisas que concordamos é que perto deles, os dragsters são bem sem graça. Gosto de motores fortes mas pra mim a idéia de um monte de canos soldados com um Big inch V8 blower é um tanto controversa sem ao menos um nome não genérico para se chamar. Claro, os tempos sào lindos, mas procuro também uma experiência visual afinal sou apaixonado pelos carros americanos. Chevelles, camaros, mustangs, challengers, é isso que quero ver andando.

Detalhe que as duas garrafinhas estão cheias e a caca aberta,
era em média duas garrafinhas e meia por cada lata.

Logo na ida a emoção era tanta dentro do avião que definimos por já ir tomando um apiritivo...hehehe.
Chegando nos EUA para quem idéia de viajar para ver uma arrancada se prepare. No aereoporto você vai ser tratado como Bin Latex (nome errado pra evitar atentados terroristicos no blog pivistico...hehehe). Os americanos tem plena certeza que você está ali para explodir alguma coisa. Neste momento achamos sinceramente que a relação com este povo iria ser complicada.




Após todos os passos burocráticos finalmente calçamos nossos tênis e fomos alugar nosso carro. Um chevrolet Aveo que estava no pacote. Simplismente um montinho de plástico que chega a ser pior que nosso Agile (aliás, ARG!ILE). Bom, definimos que nossos dólares seriam melhor investidos com outro carro e após alguma discução definimos em relação a um Dodge Charger 3.5 V6 branco! hehehe. Minha paixão por mopars brancos predominou. Logo saimos do aereoporto para o hotel. As impressões de dirigir nos EUA também não nos animam muito, umas belas estradas todas andando a 50mph, 60 até, com carros automáticos pesados, com câmbios burros e motores grandes. Resumindo, o Charger andava igual a um vectra 94 automático.
Nosso meio de transporte em território americano, esperava mais, mas já andava mais do que todos os demais alugados pela turma brasileira! Mopar power...hehehe!

Após pegar o carro fomos encontrar alguns amigos e almoçar, obviamente optamos por um lugar bandido cheio de mulher! Hooters. As americanas não tem o brilho das brasileiras (em especial nossas namoradas pelas quais temos tanto amor...hehehe), porém fomos bem atendidos. Iniciamos já animados com a famosa Junk Food, uns hamburguers engordurados tudo que dá! Coisa finissima!

Logo após estavamos loucos para ir para a race track e para lá fomos. Impressionante a estrutura que é armada para um evento de arrancada lá. Não havia boxes para se guardar os carros como nas nossas pistas. Haviam muitos traillers, pickups gigantes com reboques enormes inclusive com quinta roda dentro da caçamba. As pickups são incrivelmente grandes e levam reboques maiores ainda, são praticamente caminhões vestidos para uso díário. Nestes haviam oficinas completas com eleva car, ferramentas, motor reserva, caixa, tudo que se possa imaginar.
Os traillers, praticamente oficinas montadas com tudo de reserva, estação de recarga de nitro, eleva car, tudo mesmo!

Todos puxados por senhoras pickups como vemos na foto, é mole?!?

Pelas nossas voltas sempre nos apresentavamos como brasileiros que tinham ido apenas para ver o Orlando Street Nationals. Ao contrário do aereoporto tinhamos um tratamento vip sendo convidados para comer, beber e tirar fotos mais de perto.
Amizades feitas instantaneamente rompendo barreiras de paises porém não a dos automóveis, pois sempre tem um opaleiro safado no meio dos V8teiros.


Os americanos são doentes pela arrancada, assim como alguns poucos de nós. Todos estão montando um muscle car ali. Todos tem uma história pra contar sobre um carro que tiveram e um que estão preparando o motor. É impressionante, de se sentir em casa mesmo com os assuntos. Em uma determinada conversa no estacionamento da arrancada um senhor quando viu meu gosto pelos Mopars retirou da carteira, após algumas fotos de seus filhos, uma foto de um challenger 1970 que segundo ele era um dos grandes arrependimentos de sua vida, por ter sido vendido. Nos deparamos também com um casal olhando um challenger dos modernos no estacionamento enquanto babavamos no mesmo. Ao me ver quase pulando pra dentro do carro acabei ficando sem jeito e tive de puxar papo. - Nice car! (disse Pivistico). A mulher me olha e olha pro marido e já larga. Pois é, este idiota tinha um antigo destes e vendeu! hehehe. Foi uma cena muito hilária provando que as mulheres americanas também tem o gosto pelos muscle no sangue. O marido simplesmente ficou sem ação e baixou a cabeça.

Nice car hun?  - O estacionamento para nós tupiniquins é um evento a parte de tanto carro legal...

Suprimenro para duas horas de arrancada no sol da Florida.
Após enchermos a cara com aquela água que eles chamam de Bud Light o dia inteiro assistindo carros de 6 segundos de todos os modelos possíveis fomos embora da pista. Pegamos nosso Charger e para nossa surpresa nosso amigo Adriano Kayayan (famoso na arrancada por seu lindo camaro biturbo) alinhou do nosso lado com um Malibu. Dodge X Chevrolet nas ruas de Orlando infestadas de policia. Aceleramos os maravilhosos carros automáticos e logicamente o Mopar saiu vitorioso! Nisso nosso amigo numa manobra repentina dobra na primeira esquina. Eis que outro carro alinha conosco e liga umas luzes em cima do teto. Policial de bigodão, chapéu e cara de mau! Andou alinhado do nosso lado alguns minutos até desistir. Que sufoco!


Enfim chegamos novamente no Hooters para tomar mais uma. Nos dias de arrancada haviam encontros de carros preparados no estacionamento do Hooters.
Amigos, esta é a melhor parte, que é de ter uma certa raiva pelo nosso pais. Blowers gigantescos para fora do capo, pneus enormes com mais de 15 polegadas de largura, nitro, carros com santo antonio que mais pareciam carros pro street. Coisa linda.... tudo legalizado pra andar na rua. Sim, todos com barulho aspero, escape aberto e todos chegaram rodando sem o menor problema! Haviam carros que a altura do blower passava da altura do teto, mas legalizado para andar na rua e vir até o hooters tomar uma e comer mais porcaria. Enchemos os olhos com as simpáticas atendentes e os maravilhosos carros.




Carros que estavam no encontro no estacionamento do hooters, todos vieram andando na rua!

Outro camaro de rua, bem simples...

As gentis atendentes do Hooters. Detalhe da camiseta representando o Encontro de v8 do HPV8 Clube nos EUA!
Na rua a noite muita coisa legal acontecendo também. Em determinado momento ensurdecemos com um bando de motoqueiros, alguns com motos custom sem capacete (também é tranquilo lá andar sem) e outros com motos mais preparadinhas, tipo assim, uma hayabusa turbo com suspensão traseira alongada, coisinhas assim.

Nos demais dias na arrancada tenho minhas considerações que não devem passar em branco. Nos deparamos com muitas cenas que gostariamos de algum dia ver no Brasil. A primeira coisa é a religião relacionada a marca dos carros. Rivalidade entre Ford e Chevy nesta arrancada era praticamente a mesma que INTER e grêmio! O pessoal torcia mesmo, gritava e chingava! Muita gente apostando dinheiro por pura brincadeira, coisa de 1 dólar ... 2 dólares, só para se divertir mesmo. Vale o comentário que nós não apostavamos pois nossa diversão era apenas etílica! hehehe!
Outra coisa que chama muito a atenção é o perfil das pessoas que vão nestes eventos. Senhores de mais de 70 anos sentados juntos, comendo um hamburguer e tomando uma cerveja sentados durante uma tarde de sol assistindo arrancada. Familias com filhos bastante pequenos já com camisetas de determinadas marcas de carros também  presentes.

Jovem garota analisando os carros de arrancada.



Senhores comendo seu hamburguer e assistindo a arrancada, sem dúvida vou ser um vovô assim.

Realmente a arrancada ali é tratada como um jogo de futebol, um esporte que exige técnica e profissionalismo. Um esporte que move um grande mercado e que gera muito lucro e diverte muito. Não vimos por lá motores quebrados em nenhuma puxada, os V8 afinal são valentes e gigantes!

Aceleras memoráveis como esse mexiam com o pessoal da arquibancada.

Os brasileiros que foram, em sua grande maioria grandes pilotos e envolvidos fortemente na arrancada.

Fica ai a dica! Aliás, não sei se é dica, mas fica o conselho então. Não é tão caro quando se imagina ir pra lá ver um evento destes e pensando aqui de baixo como gaúcho creio que gastamos menos do que se fossemos passar uns 15 dias numa praia do nordeste (este também é um excelente programa para conseguir a aprovação da esposa para ir pra arrancada nos EUA...hehehe). Para terem uma idéia do custo pagamos o pacote com hotel com café da manhã, carro e passagens de avião de SP-MIAMI-ORLANDO em torno de R$2400,00. OK, é muito, agora imagine que se parcela isso em 10xR$240 sem juros. Viu, ficou bom né. Depois para gastar lá a antecipação do décimo terceiro e um bom cartão internacional que você vende a alma pro banco depois pra pagar a fatura. Pronto, viabilizei a sua viagem para o ano que vem! hehehe

Este ano infelizmente não poderei ir devido a compromissos com o trabalho mas no dia de HOJE mesmo (20/10/10) meus enviados especiais Douglas Carbonera e Paulinho Machado estão embarcado para mais uma arrancada nos EUA. Ano que vem estarei com vocês amigos! Logo logo postaremos algumas fotos sobre a ida de meus grandes amigos para lá.

Espero que tenham gostado do post !
Comentem!

abraço
Rodrigo "Pivas" Pulita

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Estenio Potier, bandido das antigas!

Num dos posts antigos havia comentado sobre meu avô, além de um grande avô era um homem que gostava muito de carro e de acelerar. Acho que todos aqui que lêem tem essa gotinha de sangue vinda de algum lugar. Baseado nisso decidi que era mais do que merecido presentear os leitores com uma relação familiar mais próxima, tipo a de pai pra filho. Neste caso pensando nas antigas e nos nossos muscle veio direto na mente dos doentes por opala, Sr. Estenio Potier (pai) e Sr. Evandro Potier (filho). Sigo meu pensamento de educar meus filhos no sistema correto dos carros, aceleramento e todos estes critérios, entendendo o básico de mecânica, gostando de graxa e cheiro de pneu queimado.
A história a seguir conta sobre a vida desse pai e filho, ambos sempre cruzando seus destinos com opalas, oficinas e principalmente, um belo relacionamento.

Leiam, comentem e principalmente, se espelhem nesse tipo de pessoas.

Abraço

Rodrigo "Pivas" Pulita

Com a palavra Sr. Evandro Potier:

"A pedido do meu amigo Rodrigo “Pivas” Pulita, venho humildemente tecer algumas palavras e lembranças para endossar a filosofia que tanto ele expõe neste blog – o lado bandido e ordinário do gosto por veículos antigos de alto desempenho.



As palavras que vou expor vão remeter a lembranças de minha infância e justificam as minhas origens e formação técnica que escolhi para atuar profissionalmente nos dias de hoje.


Resumidamente venho de uma família tradicional em Curitiba-PR, onde o meu avô e alguns irmãos dele, em meados de 1940, abriram uma empresa pioneira em desenvolvimento de usinagem e recondicionamento de motores de veículos. Esta empresa chamava-se Irmãos Potier Ltda.


No inicio, não se dispunha de peças de reposição para a recuperação mecânica dos conjuntos motrizes daqueles veículos importados, aqui no Brasil. As soluções adotadas eram basicamente as usinagens tradicionais e enchimento dos colos desgastados (colos fixos e móveis de eixos virabrequins, colos fixos de comandos de válvulas, colos fixos de bielas) e a adoção de capas fundidas artesanalmente em antimônio / cobre para fazer o papel de material de anti-fricção, material este que conhecemos hoje como casquilhos ou bronzinas. Estas capas eram fundidas em moldes “caseiros” e alojadas nos colos, recebendo um processo de desbaste através de rasquete e posterior mandrilamento para adquirir as dimensões para conservação das folgas especificadas. Além disso, executava-se a usinagem de cilindros com reaproveitamento/adaptação de anéis de segmentos e recuperação de cabeçotes com soldas e adaptação de peças torneadas à mão.


Hoje, tento imaginar o “frisson” que era a empresa deles, em virtude de ninguém mais ter o respectivo “know-how” de como executar estes serviços na região naquela época.


Com o passar do tempo, o meu pai - Estenio Potier, um dos filhos do meu avô, assumiu os negócios no inicio dos anos 60 e fez a empresa crescer muito. Foi amplamente ajudado pela abertura de algumas empresas de fabricação de kit´s para a recuperação dos motores no Brasil, abriu uma loja de auto-peças que se tornou referencia na região, homologou a empresa para usinagem de motores aeronáuticos, montou cela de teste de motores, etc. Contava com cerca de 40 funcionários e grandes Clientes espalhados entre SP, PR e SC.


Meu pai também tinha uma fama de piloto de carros de circuito, fazia isso como hobby, e teve diversos carros preparados que fazia demonstrações bandidas na rua e estrada. Carros modificados com recursos disponíveis na época e que apresentavam patrocínio da Retifica Potier, como este Opala da foto, que tem várias histórias de ser um vencedor contra os tradicionais concorrentes da época.


Notem os pneus letrados, as luvas nas mãos e o lindo opala que denuncia a vontade de acelerar.
  No inicio dos anos 80, eu com cerca de 8 a 9 anos de idade, fazia viagens freqüentes com ele para entregar e buscar motores na região e tinha uma simpatia por Opalas 4100 antigos, principalmente os pré-75, de preferência sedans em cores sólidas. Vi muito destes carros em elevadores, com motores sendo refeitos e ficava louco quando via o emblema 4100 pendurado no pára-lama dianteiro. Lembro-me muito bem de Opalas e Caravans que ele teve com motores melhorados que eram o terror em “apresentações” na rua, levavam as pessoas ao perigo, burnouts no meio do transito, coisas totalmente fora do normal, mesmo naquela época.



Eu tomei gosto pela coisa, tanto que em 95 comprei meu primeiro sedan Opala, um 1969, originalmente 3800 com cambio 3m na coluna. Busquei este carro aqui em Curitiba mesmo, naquela época já era raro de se achar. Estava jogado na parte de trás de uma casa que havia sido reformada e ele estava cheio de cimento e restos de construção na pintura.
Cheguei a casa com este carro, após uma limpeza técnica em um lava-car de um amigo. Inicialmente vi que o meu pai não gostou talvez pelo receio de saber que eu estava no mesmo caminho que ele tinha trilhado.

Depois de um tempo, fiz um novo motor, um 4200cc com eixo de 3800 com pistões 4”, ainda à gasolina com comando 288 e uma DFV 446 com escapes dimensionados. O carro ficou muito bom, mas os pistões ficaram baixos e não estava com uma taxa de compressão adequada, além de que ficou um ruído no par de engrenagens do comando e vira que não casou legal. Desmanchei este motor com pouca km, e comprei um eixo 4100, rebaixei 6mm no bloco e com novos pistões 4” consegui quase 15:1 de taxa, modulo 6AL da MSD, o mesmo 446, mas com borboletas 39mm e um cabeçotinho bacana com alojamento para retentores de válvula de verdade, guias de válvulas com camisas K-Line de cobre, comando Crower 282/287 novo. Ficou um motor bem rápido e pegador, já que tinha muflado à admissão para ajudar no frio de Curitiba. Neste pack entrou uma caixa Clark 4m e um Dana 30 3,54:1. Era um carro com um ronco maravilhoso, pois matei o escape embaixo do banco traseiro, antes do diferencial.
  
Com este carro fiquei bem conhecido na região, pois era raro e muito bonito de se ver, pois fiz a restauração completa da lata com pintura em PU na cor original (verde-antigo) e tinha umas rodas 17”, com suspensão baixa. Fiquei 11 anos com este carro e tive que me desfazer em 2005, após casar e ter o primeiro filho. 
Certa vez, chamei-o para andar comigo, ele sentou no sofá da frente, liguei a bomba elétrica e dei a partida no monstro. Segurei perto de 2K RPM, aquele falhadeira maravilhosa de comando bandido, o velho só me olhava, naquela névoa de vapor de álcool. Dei um alimpada, debreei, segurei com a canhota no freio e fiquei lixando parado na frente de casa, dando 1,2,3,4 paradinho e entortando a traseira para ficar à 45⁰ na rua, triscando no acelerador, tipo arrancada. Olhei pro velho, aquele sorriso de piá bandido ao estava na cara dele. Não me esquecerei jamais disso. Demos uns paus na rua, sei que aquela tarde foi especial para aquele cara!!


Resumidamente o meu pai é um grande herói na minha vida, pelo seu jeito sério e objetivo de fazer as coisas e pelos valores corretos que me passou, não poupando esforços para me dar uma excelente formação educacional. Sinto uma enorme empatia com o Véio Potier, na forma bandida de resolver os problemas, não vendo dificuldade onde os outros pelejam. Esta habilidade de resolver problemas é o meu diferencial profissional nos dias de hoje. Não atuo mais diretamente com motores e sim com empresa sistemista para montadoras automotivas e educação para ensino técnico, mas o grande legado do cara.


Fica o meu agradecimento publico a esta grande figura, que já passou por varias cirurgias cardíaca e está cada vez melhor, por todo o conhecimento passado e pela amizade paterna que cultuamos um em relação ao outro.


Abração Pivas, espero que tenha gostado do relato."

Evandro Potier
evandro.potier@gmail.com
06/10/10.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Cervejaria Eisenbahn!

Bom, depois de todo esse assunto a sede começa a pegar. Eu tenho uma paixão muito grande por cervejarias artesanais e cervejas especiais fora das usuais Skol, Nova Schin e todas essas normalidades. Acho que por ter um pouco do sangue alemão e também apreciar um bom carro alemão tenho o gosto indo para a cerveja também. Sim, tenho uma barriga digna de cervejeiro e por isso necessito encher a mesma com qualidade.

Obviamente a minha primeira experiência com essa cerveja Eisenbahn foi num autodromo, mais precisamente no Festival Brasileiro de Arrancada 2007 em Curitiba. No meio dos carros as coisas acontecem, amigos são feitos, motores são montados e desmontados, fumaça de pneu, e porque não uma bela cerveja.

Fiquei fiel a Eisenbahn graças ao grande amigo Rodrigo West que ia até Blumenau buscar um barril de choop deles e trazia ao festival de arrancada. Depois disso sempre comprei a cerveja no mercado local onde se encontram algumas importadas e diferenciadas.

A cervejaria iniciou seus trabalhos na cidade de Blumenau em julho de 2002. Como todas as nossas histórias de sucesso contadas sobre diversas personalidades ela iniciou da mesma paixão que temos por carro, só que dessa vez por cerveja. Uma familia apaixonada por cervejas especiais após muita pesquisa, viagens para muitos paises e descontente com as cervejas artesanais brasileiras decidiu por criar sua própria marca. Trazendo de fora um mestre cervejeiro com 30 anos de experiência começa a premiada história da Eisenbahn.

Hoje em dia eles trabalham com muitos tipos de cerveja, meus preferidos que me conquistaram são a Pilsen que notoriamente não tem nada a ver com as que normalmente tomamos. É mais amarga, de baixa fermentação, coloração mais dourada e eu particularmente gosto de deixar ela bem gelada e ir tomando aos poucos até ela esquentar um pouco. No final da garrafa ela está na temperatura exata que considero para o consumo das cervejas com este estilo.

Outra que gosto muito e merece ao menos ser apreciada uma vez é a Weizenbier. Em uma ida a Alemanha tomava muito deste tipo de cerveja e permaneço apreciando este tipo no Brasil através da Eisenbahn. Esta sim tem sua cor bem diferente mesmo. Mais escura que a Pilsen traz um sabor mais refrescante e um pouco mais amargo que o normal. Muito boa, recomendo muito.

Fora estes eles possuem muitos outros tipos, todos valem a pena experimentar. Se estiver pela região uma boa pedida é a visita a fábrica. Eu nunca fiz, mas pretendo até o final do ano fazer, dizem que é espetacular.

Espero que tenham gostado e espero que experimentem, aliás, longe de mim fazer propaganda de algo que não gosto!

Para mais informações http://www.eisenbahn.com.br/
abraço,

Rodrigo "Pivas" Pulita