terça-feira, 31 de agosto de 2010

On the road again....!

No embalo da música de Willie Nelson (on the road again... I can't wait to get on the road again...) cheguei em Caxias do Sul por volta de 8 horas da noite. O dia foi agitado. Como já disse em outros posts, nosso negócio é acumular Km rodados e não anos nas costas de nossos carros. São antigos de idade, mas jovens de alma. Neste ritmo é que escrevo este post, agradecendo o homem lá em cima pelos amigos que tenho, pela namorada que tenho e pelo asfalto que cruza diversos caminhos de nossa vida.

(http://www.youtube.com/watch?v=cSICoacOT60) Deixe rolar o som enquanto lê!


O dia começa nublado, com uma garoa, o dodge em baixo da sua capa e eu com receio de sair, o carro estava limpo e quieto. O dia do bom gaúcho já começa com um chimarrão e o nosso não foi diferente. Logo os amigos vão chegando, uma C10, um Passat, um Opala, todos com a mesma fome de estrada. O tempo está feio e venta muito, mas enfim, do que estes carros são feitos. Eu me envergonho dos meus pensamentos e logo deixo o dodge funcionando pronto pra sair. É dificil descrever emoções mas o cheiro de gasolina podium em uma manhã fria transmite coisas interessantes. É hora de estrada!

A famosa Teresa - C10 preta fosca no melhor estilo Old School

Recebi uma série de e-mails e olhei o orkut de muita gente na segunda-feira agora, muita gente teve a mesma idéia. Os donos de antigos estão aprendendo, estão saindo, estão curtindo seus carros, e sim, eles foram feitos pra cruzar a estrada, com qualquer tempo... Nosso destino era simples, o mesmo de muitos iguais a nós, Encontro de Antigos de Nova Prata-RS. Uma cidade muito pitoresca do interior do RS que também conta com muitos de nós. Após 15 km de Caxias do Sul chegando em Farroupilha o opala de nosso amigo Adri teve um pequeno problema. Paramos num posto e deixamo o opala estacionado. Voltamos a estrada prontos para os demais Km. Passando por Bento Gonçalves começamos a descer até chegar na ponte do Rio das Antas, um cartão postal do nosso Rio Grande do Sul. Começamos a subir a serra e nos deparamos com as condições precárias do asfalto, mas enfim, estamos ali pra curtir e desviar !

Infelizmente começou a vibrar muito o opala, preferimos deixar ele no posto de combustivel até voltarmos.
Parceiros de viagem.

Enfim, devagar e sempre chegamos em Nova Prata e somos muito bem recebidos num encontro muito bem organizado encontro. Um bom almoço feito pelo pessoal do encontro, mais várias cuias de chimarrão, umas boas fotos e vamos embora.
Sujo da estrada mas de alma lavada!

Logicamente não podia ir embora sem deixar duas marcas no asfalto na saida e assim foi feito. Pronto, agora a volta. Nem começamos a voltar e já estava com saudades da estrada. Vindo numa reta boa peguei distância da C10 do amigo Douglas e vou ultrapassar forte, nisso a polícia... hehehe, sempre a policia, manda o amigo parar. Andei 1 km pra frente e nisso paramos no acostamento. Alguns minutos depois começam a chegar mais amigos que estavam saindo do encontro, galaxie, mercedes, chevette, fusca, maverick... Virou um encontro na beira da estrada, todos solidarios a causa da multa na C10. Depois descobrimos que o causo tinha sido apenas por dirigir com o braço pra fora da janela. Mas pergunto, existe outro jeito de dirigir um antigo? hehehehe!
Ok, combinamos então de fazer luto e andarmos alguns kilomentros todos com o braço pra fora... hehehe, revoltados com o sistema!

A parceria mais uma vez dominou a estrada, nós, antes em 3 carros, agora em muitos carros... quem olhava para frente ou para trás estava em 1980 vendo todos aqueles carros antigos e seu transito. O motor V8 saudável do dodge vinha murmurando na decida da serra de tão feliz que estava. Eu ouvinho um bom rockabilly (stray cats) e mais tarde o velho companheiro de viagens Johnny Cash cantando diretamente de Folson Prison. (http://www.youtube.com/watch?v=i1xSt7iganA)

Logo passando a ponte do Rio das Antas eu vinha atrás de um maverick, logicamente estava com calor (hehehe) e tive de parar para tomar o famoso caldo de cana do lugar. O lindo da coisa é que assim que liguei o pisca para parar todos os carros pararam, muitas fotos, muita risada e bons amigos. Lembrei novamente do meu vô. Eu e ele sempre paravamos ali pra tomar o legítimo caldo de cana. Fazia muito tempo que não parava naquele local. Me deu aquele aperto no peito lembrado dele, mas eu estava rodiado de amigos, fiz uma oração na minha cabeça e fui reto tomar meu caldo de cana e prestar essa homenagem e lembrança particular. O mais engraçado foi parar um monte de carros e o total consumido na banca foi R$2,00 (um caldo de cana).
Ponte do Rio das Antas, famosa lenda diz que antigamente uns caras de moto passavam por cima do arco dela.
Parada para tomar o caldo de cana, na foto o Dodge e o Coronel, carros que estão em todos os eventos!

Seguimos viagem todos em comboio. Nisso definimos por provar todos os caldos de cana da estrada para dar uma força ao guia 4RODAS na seção CALDODECANISTICA. Infelizmente o Maverick teve um problema elétrico. Esperamos por uns 50 minutos e não foi possivel resolver. Seguimos viagem novamente em 3 carros e indo resgatar o opala com problemas no cardan.

Enquanto isso eu tirava mais umas fotinhos!

Chegando em Caxias o Opala que foi resgatado novamente no posto em Farroupilha soltou de vez o cardan. Chamamos o guincho e ai todos foram para suas casas.
Meus companheiros de viagem.


Chegando em casa são e salvo após alguns km rodados.

O gostinho de quero mais da estrada sempre existe né. Esperamos a próxima desculpa para ir viajar, se é que precisa ter, pois as melhores viagens são assim, sem muito planejamento. As coisas fluem com o combustivel para dentro do carburador. As histórias, como essa ficam para contar, as memórias ficam na cabeça e as amizades a gente leva para sempre. Sempre que puder repita isso com seu antigo, sozinho, com amigos... acumule km, mais que isso, acumule histórias e memórias...





abraço,

Rodrigo "Pivas" Pulita

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

MOPAR X CHEVY X FORD, qual o melhor, qual o pior, e quem se importa???

Brasileiros, amantes de carros, adoradores de motores fortes e carros antigos. Crescemos em volta de 3 marcas nacionais que tinha estes carros, DODGE, CHEVROLET E FORD.... CHARGER R/T, OPALA SS E MAVERICK GT. Estas eram as marcas e estes eram os carros. Na década de 70 e no meu ano preferido, 1974 (talvez pois pela maioria dos meus carros antigos terem sido desse ano), mas sentia alguma bandidagem no ar neste ano. Charger com a frente quadriculada e a faixa em U atrás que tanto gosto, Opala SS 74 ao meu ver o modelo mais bonito que saiu e o Maverick com suas saidas de ar falsas no capo e o 302 empurrando forte. Eram os 3 donos do asfalto, num tempo que as leis não eram rigidas como são hoje, imagino o pessoal passando por cima de qualquer outro carro no transito com desempenhos superiores a todos que estivessem na volta.

Herdamos muitos gostos dos nossos queridos americanos e este em especial veio também com uma briga saudável... quem é o melhor? MOPAR x CHEVY x FORD. Minha opinião é muito clara mas quero ser parcial nisso, pois embora seja dodgeiro tenho imenso respeito pelas outras marcas. Tenho amigos chevroleteiros e fordeiros e a gente acaba sempre tirando um sarro de algum detalhe, coisa que transforma tudo numa briga engraçada e que acaba por unir todas as tribos.

Fico imaginando na época o pessoal saindo com estes muscles zero de uma concessionária. Isso era um evento pra a familia inteira ir junto. Os The best que tinham das marcas eram eles... os esportivos! Não me venham falar de Corcel GT, Passat TS, 147 Rallye.... sim, respeito eles, mas vamos combinar que estão longe de serem esportivos como eram os 318 R/T, 302 GT's e 4100 SS da DODGE, FORD e CHEVROLET.

Como vocês percebem guardo muita bobagem e muita foto no meu computador e tenho muita coisa de tiração de sarro entre as 3 marcas. O dodge sim, é uma bigorna, o maverick ferve que nem uma chaleira e o opala tem uma caixa de tomate dentro do cofre! Enfim, brincadeiras assim que acabam unindo os donos dessas tranqueiras assim como eu num circulo de amizade cada vez mais legal. A competição sempre vai existir, mas como eu espero que isso ultrapasse a barreira dela e faça que sejam afloradas grandes amizades e parcerias.

Bom, no fim vai uma série de fotos de tiração de sarro, quem tiver mais e quiser me mandar fiquem a vontade e mandem no meu e-mail (pivasdragracing@yahoo.com.br)
Maverick 302, cuidado, alta temperatura! (levei a placa pra oficina!)
A famosa Opala Station Wagon, agora com parachoques envolventes (foto exclusiva minha)
Nada mais desgraçado que um dia de trabalho assim!
Famoso Opala de Caxias com 8 lanternas.... um show !
Amigo Jean pronto pra dirigir o Maverick, toalha no pescoço e luvas para não queimar as mãos... o legitimo HOT!
Traduzindo: "Eu prefiro comer vermes do que dirigir um FORD"
Opala Adventure... o bom gosto é algo !
OPALANA ou....
... MONTALA !
VECPALA ou OPACTRA !... (SIM, OPALA COM VECTRA!)
Motor de opala Caixa de tomate!
6 cilindros de pura potência!
Quem tiver alguma gozação sobre Dodge envie.... eu não tinha nenhuma, manda que eu boto no blog!

abraço
Rodrigo "Pivas"Pulita

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Arrancada, vou tb!

Sempre pensei em ter um carro de rua que se desse bem na arrancada e esta sexta-feira acho que foi interessante conhecer o que o carro realmente é na pista. Certa vez fui no Velopark arrancar porém o carro ainda estava em fase de acerto. Agora em Tarumã no evento Noite do Desafio 2 aceleramos forte com tudo que tinhamos direito. A pista em si não ajudou muito pois é um asfalto soltando os pedaços, mas a brincadeira por ser com os amigos foi divertida.

Meu carro usa um diferencial Ford 9 com as pontas cortadas e soldadas, tenho um certo medo disso e como planejava usar meus Goodyear 29x11 R15 decidi por ir de plataforma ao invés de ir andando. Sábia decisão visto que a estrada até Tarumã é um lixo. Chegando lá montamos os pneus e fomos direto pra pista. Chegamos tarde pois foi dificil se organizar rapidamente após o trabalho. Fui direto pra pista com uns pneus que nunca tinha andado, com o nitro acertadinho, amortecedores Summit. Vamos ver no que dá. Na primeira puxada já coloquei um 8,943 com direito a uma bela reação de 0,019. Gostei, com ajustes, nitro e slick baixei 1 segundo no meu melhor tempo numa pista de qualidade bem inferior. Fui fazendo amigos nos boxes e trocando idéia disseram que os carros que viravam estes tempos normalmente baixavam 0,4 a 0,5 no velopark. Me animei, 8,5 seria um excelente tempo para minha barca. Acelerei outra vez e novamente 8,9, mas dessa vez sai forte demais e destracionou muito, tirei e botei o pé de novo... mesmo tempo. Ali vi que podia sair mais tempo daquilo. Enfim, dos 201 carros inscritos fui para final, no chamado TOP 16. Fiquei animado por ficar na frente de alguns carros de pista mesmo. Final e adivinha com quem vou acelerar, grande amigo e irmão Douglas Carbonera que também estava estreando seu novo motor no Opala TO. Este acelera é que nem GRENAL, FLAFLU, etc.... clássico de futebol, não tem favorito, nervos a flor da pele e ferro na buneca. Alinhamos e o burnout comeu solto! Quase atropelei a foto célula e acabei com a prova ali... hehehe. Aceleramos e ele saiu na frente, ambos com reações ruins, muito ruins! No meio da reta encostei na traseira pronto pra passar (a embreagem do amigo estava ruim), ai ele engata terceira e vence o pega. Ele virou 8,314 de pista e eu 8,533. Chegando no final da reta um abraço no amigo agradecendo pela experiência de acelerar junto na pista (na rua já derretemos os carros juntos de diversas formas). Voltamos pra casa todos inteiros e felizes, carros operantes sem nenhum problema.

Me orgulho de ter sido o melhor integrante do grupo MOPAR na arrancada visto que tinham muitos dodges bons por lá. Sinal que o Dartinho não está ruim!

Semana que vem vamos para o Encontro de Antigos de Nova Prata, vamos andando, o carro de arrancada vira carro antigo dessa vez ... coisa boa! Alguns km curtindo com outros amigos um asfalto bom e só pensando numa etapa do Open night onde poderei ver qual o tempo real do carro em uma pista boa!

Conclusão que tiro de tudo isso... talvez existam equipamentos que nos permitam ter carros competitivos na arrancada e bons de andar na rua. Em 5 minutos ganhei muita tração com pneus e ao toque de um botão transformei um aspirado bem mediano em um carro muito bom com o nitro, no fim não se perde muito o controle de se ter um carro ainda apropriado para a rua e que dispute algo na pista. Claro, vamos deixar muito claro, na pista contra carros de rua e pista, de diferentes categorias e preparações. No fim diversão geral sem precisar provar nada para ninguém, apenas having fun ! (se divertindo!)

Abaixo algumas fotos do Evento.

Alinhando a primeira vez de pneu slick, acho que até me sai bem.

Arrancando com o amigo Douglas, com Ladder bar e tudo mais o opala acaba falando mais alto sempre.
Dodge Traseira Super de Allan Pasa, representante forte dos Mopar na arrancada brasileira.
Eu pedindo proteção pra santinha no espelho do carro, ela atendeu.
Chegamos em casa sãos e salvos, sem quebras, sem stress, só belas arrancadas e belos resultados.
Rodrigo "Pivas" Pulita

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Placa preta? porque eu acho que ela não vale nada!


Não me leve a mal antigomobilista com sua placa escrita em letras brancas e fundo preto, admiro em si sua boa vontade em ir atrás deste tão sonhado (para alguns!!!) troféu da originalidade.

Não sei se é porque ando com meu dodge da mesma forma que se ele fosse um carro comum? Talvez... vezes pela chuva, alguma estrada de chão, outra até com buracos, as vezes sujo, as vezes reluzente... enfim, meu carro não é digno da tal placa preta, e ele não quer mesmo. Ele quer a liberdade de poder ser diferente, customizado, a cara do dono, sabem como é, talvez os Darts originais tenham pneus muito finos e motores relativamente fracos... claro, bunda e opinião cada um tem a sua! Admiro muito carros com placa preta, não me levem a mal mesmo, adoraria um adorno destes em minha garagem, mas fica a pergunta, teria eu vontade de sair com um carro perfeito, lindissimo, impecabilissimo???

A placa preta acaba por exigir isso, um dono que mantenha todas as caracteristicas originais, andando com pneus diagonais muitas vezes, não podendo ter um motor muito diferente, mesma altura do original, tons de cor de acordo, bancos impecáveis e originais, radio que pega a estação CHIO DO MOTOR em OM (este o dodge tem, liga o radio, acelera e ouve o motor com um XXXXxxxXXXxxxxXxxXxxx!).

Sofri deste mal quando fiz o motor do Dart, pintei o cofre, detalhes cromados, coisinha mais linda de ver.... ficou pronto, okey, vamos acelerar !!! Após 2 dias o motor não tinha mais aquele brilho todo de quando adentrou a cavidade dodgistica. OK2, vamos limpar tudo. Após umas 3 horas e alguns arranhões nas mãos estava lindo de novo. Uma volta de novo e voltou a ficar sujo. Poxa, vou andar e deu! hehehe....

Meu motor limpinho depois de montado.



Sempre gostei do meu carrinho limpo mas fiquei pensando, será que se ele fosse lindo por cima, por baixo e pelos lados, interior perfeito, tudo impecável, será que eu iria me divertir com esse carro ou iria ter ele como uma joia e teria dó de andar? No fim não adianta, meu antigo é para andar e garanto a todos, se fosse mais economico era carro pro dia a dia certamente.





No sábado bandido estava conversando com alguém sobre a tal placa preta. Chegamos a conclusão de sempre, um veiculo assim jamais poderia estar ali. Um veiculo destes deve preservar a história do automóvel nacional e internacional. Deve manter as caracteristicas para que no futuro se possa saber como eram feitas as coisas (todo aquele bla bla blá) ... .... ... Pois bem, deixa eu mostrar para meus filhos e netos como se faz um belo Burnout! Bom crianças, sobe bem o giro do motor, solta a embreagem e já gruda com o mesmo pé de leve no freio, o motor tem mais força que o freio traseiro e o freio dianteiro se for a disco guenta legal.... hehehe, ok, ai espera levantar a fumaça e dar uma bela derretida, vai soltando devagarinho o freio e começa a fazer uma marca de uns bons metros! Pronto, ai está a minha história! hehehe Placa preta para mim pois sou originalmente assim!!!

Minha placa preta!

Sou adepto do Street Hot, carro feito pra andar bem na rua, freios bons (sim, dodge com disco nas 4 rodas), suspensão boa, motor forte, roda larga com pneu de escrita branca, uma manopla HURST e uma alavanca de marchas do tamanho de uma vara de pescar. Muito simples, com muita atitude e pra mim é isso que vale. Pra muitos que tem carro assim e elogiam esta é nossa placa preta! Ela simboliza a liberdade que nossos carros nos dão para poder fazer o que bem entendemos, quando queremos, como queremos, com os critérios que nós temos. Lógico, a fábrica fez um bom trabalho nos dando a base, mas somos HOT RODDERS, STREET RODDERS..... todos queremos aquele detalhe que vimos num Hot americano, numa foto de revista antiga ou navegando por algum blog de algum doente como eu. Felizmente pra mim essa cultura está crescendo no Brasil, não somos mais ignorantes nessa área. Isso está se difundindo pelo mundo e ganhando muito espaço. Me alegrei quando vi um Dart verde fosco adentrar no Sábado Bandido... depois uma Ford F100 preta com rodas vermelhas, o Landau prata do Felipe com a pintura surrada, pneuzão e motor nervoso! Sim, eu estava no meio de Brazilian Hot Rodders, um lugar de liberdade de expressão total!
Landau Hot, baixo, pintura surrada, pneu largo, motor forte, escape aberto.... sistema correto!

Gosto de antigos, gosto de apreciar aquele belo Charger 75 placa preta de cor laranja, mas da mesma forma vejo que sou renegado naquele encontro de antigos em que tem aquele tiozinho placa preta antigomobilista dono da DKW Vemaguetti torcendo o nariz para minhas caixas de roda traseiras alargadas, achando aquilo tudo um crime. 
Saida estratégica do Encontro dos Antigos de Caixas do Sul, lá no fundo uma densa neblina!
Podemos sim coexistir pacificamente, porém amigos, não me peçam para sair do encontro sem deixar minha assinatura negra com duas marcas condizentes com a medida dos meus pneus traseiros.
Eu sou livre, não passo por vistorias anuais e não estou preso a mesma coisa sempre. Sou discipulo de Ed Roth e do Rat Fink, não sou Mickey Mouser, escravos do padrão criado pelas grandes industrias (como diria o Big Daddy Roth!). Aproveite a sua própria história, seja um "dono de carro placa preta", um dono fiel a suas origens e aos seus próprios gostos, no final, eles contarão sua história!

Você define suas regras, pretas ou coloridas....




Everything is about the ride ... ride on!

Rodrigo "Pivas" Pulita


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sábado Bandido foi um sucesso!

Tempo está instável, uns sites diziam que ia chover, uns diziam que ia fazer sol, uns diziam que ia cair neve. Enfim, frio e sol! Mas o tempo nublou na parte da tarde a hora que os vários opalas, dodges, mavericks e landaus entraram na arena. Um evento meio organizado em cima da hora a pedido da prefeitura de Garibaldi realmente surpreendeu em termos de organização e público.
Não sendo cobrado nenhum tipo de ingresso de ninguém,  apenas pedindo para os que achassem correto doar 1 kg de alimento para ajudar alguma instituição, o HP V8 conseguiu um excelente público que veio conferir as manobras e a força dos motores 6 e 8 cilindros.
Após agradecimento a prefeitura de Garibaldi por acreditar no potencial do Clube para organização dos eventos o ponto alto do encontro foi quando Gilmar Benincá (proprietário de um dos mavericks mais bonitos do sul) levou o prefeito de Garibaldi para a Arena onde realizou uma série de manobras.
A tarde foi de muita diversão para todos e o clube promete realizar mais uma série de eventos do estilo.
O Sábado Bandido foi apenas uma "chamada" para o tão esperado encontro de V8.

Confiram algumas imagens do sábado bandido:
Minha camiseta, fazia tempo que estava querendo estrear ( Faço Burnouts por cerveja!)
Dart também a horas querendo dar uma girada nesta arena, até que enfim!
Gilmar junto ao prefeito de Garibaldi após algumas voltas de Maverick na Arena
Grande amigo Padilha da HOTV8 não fez cerimonia na hora de queimar os pneus de seu opala de arrancada, tão bom na arrancada que arrancou até uns pedaços do parachoque... hehehe (brincadeira amigo!)
Outro grande amigo, o Vinhas também fez bonito com seu Landau. Este carro é um grande exemplo do que a gente gosta, fosco, sem frescuras, com pin strips e um dono tão doente quanto eu pela coisa. Parabéns!
Uma visão geral do Sábado Bandido com visitantes, a Arena, o evento rolando! Parabéns a todos do HPV8 Clube e que venha o ENCONTRO DE V8 !
Um típico American Muscle esse meu filhote, lindo, não poderia dizer diferente!
Furioso Fury, não poupou o big block para fazer bonito na Arena...!


abraço a todos os leitores,

Rodrigo "Pivas"Pulita

Encontro de V8 vem ai - HPV8 Clube

Tradicionalmente feito a cada 2 anos o Encontro de V8 está em sua sexta edição. Realizado pelo Clube HPV8, cujo faço parte, o Encontro de V8 tem como principal objetivo reunir essa legião de fanáticos donos e apreciadores de carros V8. O Encontro atualmente é realizado no parque de eventos da Fenachamp, um lugar muito bem estruturado para o tipo de evento proposto. Este ano estaremos com a nova estrutura da Arena para Burnouts, construida com o apoio da prefeitura de Garibaldi. Este vai ser um local para os mais nervosos mostrarem o que seus motores conseguem fazer com um par de pneus.
Obvio que eu irei ficar responsável por esta área!

Para quem gosta de carro, motor grande, ronco de V8, uma boa música, encontrar com os amigos, o Encontro de V8 é uma excelente pedida.
Será realizado sábado e domingo nos dias 16 e 17 de outubro nos pavilhões da Fenachamp. A noite de sábado também promete com festa do Encontro no Bar do Joe.
Se tiver V8 venha de carro, se não tiver venha nos prestigiar e ver estas máquinas, vale a pena!

Abaixo algumas fotos dos outros encontros que já foram realizados pelo HPV8



Encontro de V8 - 2000
Encontro de V8 - 2002 - Dart do Flavio e Beto Dresh na espreita!
Encontro de V8 - 2004

Encontro de V8 - 2006

Encontro de V8 - 2008 - Eu pra variar dando uma queimada de pneu
Encontro de V8 - 2008 - Muitos carros e todos da melhor qualidade!

Abraço a todos

Rodrigo "Pivas"Pulita

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Quando o Street se torna Drag...?

Até aonde podemos ir? Até quanto nossas estradas permitem ir?

Até onde um carro de rua pode ir até virar track only?
Ontem estava lendo um e-mail que veio da Fuel tech referente ao Porsche 993 do Alejandro Sanches que bateu o recorde de velocidade para carros de rua no Brasil, medindo 378 km/h no corte da sexta marcha. Até onde pode ir essa vontade de andar cada vez mais rápido? Talvez não tenha fim.

Ontem acabei por testar o dodge com os 100 cvs de nitro na rua. Levei alguns amigos para realmente me darem uma opinião do que achavam, as vezes pelo barulho e pela ansiedade. Enfim, se abre a garrafa e começa a brincadeira. Saindo de primeira a potência ignora totalmente os pneus traseiros mas não deixa de ir pra frente. A segunda acaba em uns 2 segundos e ai vem a terceira onde o Real Deal começa. Acaba rápido também, coisa boa! Quarta engatada e estamos a 200km/h num Dodge 1974. Acaba a relação da caixa e do diferencial no corte de giros a 6000 rpm. Não cronometrei nada, mas creio que demorei muito mais pra escrever o relato da cena do que para executa-la. Realmente a coisa tá estranha. É uma empurrada seca como se mais um motor ligasse junto ao diferencial. Coisa de viciar e querer ter um caminhão da White Martins estacionado na frente de casa. Este é um carro de rua, vai continuar sendo, e depois de ontem começo a pensar onde é o limite para seguir andando assim. É um carro com comando de gradução mediana e alto lob center e que anda a 40 km/h em quarta marcha. Docil, bom de andar, voltei pra casa a 80 km por hora na BR na boa....coisa fina. Mas e a vontade de querer mais? trocando dois gicles coloco 150 hp de nitro, facil assim. E eu que achava que a sindrome da pressão quando tinha o turbo era uma doença que eu tinha curado, agora me aparece a sindrome do nitro. Vou me acalmar...

Mudando um pouco de assunto mas não escapando pela culatra estava comentando com dois grandes amigos meus, meu irmão (Gustavo Pulita, apaixonado por VW e carros alemães, antigos e novos) e Douglas Carbonera (apaixonado por velocidade, arrancada, drag racer da mais fina linhagem), sobre escreverem no blog também. Afinal, ninguém melhor para escrever do que os caras que realmente fazem as coisas e estudam sobre os assuntos.
Então ai vai o Douglas, contando um pouco sobre como deixou o Street e partiu pro Drag. Eu acompanhei tudo, mas ele tem a experiência.
_________________________________________________________________________________E aí Pivísticos, beleza?

Primeiramente, queria agradecer ao Pivístico Chefe pela oportunidade de falar um pouco sobre essa paixão que temos, que é a arrancada, e os carros preparados e customizados em geral...

Minha história nesse meio todo não é muito longa, mas posso dizer que é bem intensa. Digamos que me saí muito bem pra um cara que andava de Peugeot 206 com 50 cavalinhos de nitro na rua, empurrando junta do cabeçote pra fora a cada 2 ou 3 nitradas, escrevendo pra revistas como a AutoPower dizendo que queria participar de campeonato de Tuning (sim.... eu também tive meu passado negro... hehehe)

Nada como um bom mestre, pra nos botar no rumo das coisas certas e inegáveis. Se sou alguma coisa hoje no meio da arrancada, é porque tive alguém MUITO BOM que me botou nesse caminho, e a isso devo tudo ao meu grande amigo MARQUINHOS da Pro Race (IN MEMORIAN). Este foi um cara que marcou a minha vida e de muita gente aqui na minha cidade que gosta de carro forte e de um bom acelero.... Taí o Pivas que não me deixa mentir, e que COM CERTEZA foi influenciado por esse cara também...


Porque toquei no assunto do falecido amigo? Porque ele foi o "divisor de águas" quando decidí abandonar a rua e partir pra um carro de pista. Quando comprei meu primeiro Opala, o Pivas foi comigo buscar... Tava lá o amarelão, todo arrebentado precisando de um dono... Pegamos ele, e antes mesmo de levar pra casa arrancamos o cano, e aí sim, fomos dar uma volta fedendo a gasolina, roncando igual a um Corcel I e faceiros da vida.... O carro tinha destino certo: apenas uma pinturinha bacana, um motorzinho original de silverado turbo, e era isso! Seria um ótimo carrinho de andar na rua e acelerar na volta com os amigos.... SERIA, não fosse a doença que o falecido amigo passou pra mim.


A partir daí a história foi longa até conseguir acelerar.... 6 anos de espera e de muito trabalho, como todos ja estão careca de saber!

Agora sim chegamos aonde eu queria chegar...se for partir pra pista, o que fazer? Primeiramente, pegue o regulamento e faça dele o seu livro de cabeceira. Leia-o atentamente e veja se não pode se beneficiar de furos do regulamento (isso TODOS os regulamentos tem, e poucos usufrem disto). Foi a partir disso que dei início ao uso das Ladder-bars na categoria STT, onde segundo o regulamento, a suspensão deveria ser totalmente original, sendo permitidas somente "barras de tração", o que, grosseiramente falando, as ladder-bars não deixam de ser... Isso foi um grande diferencial de meu carro na época, e hoje em dia o regulamento continua com furos que podem ser aproveitados e fazer toda a diferença no quarto de milha...

Definida a categoria, vem a montagem do carro em si, e a compra das peças! Ahhh... sim...as peças. Eu, particularmente, sou um TARADO PSICOPATA por peças. Passo horas e mais horas na frente do computador catando peças, especulando, orçando, vendo algo de novo pra usar no carro... Essa é a parte que mais gosto de fazer num carro. Obviamente, o nível de preparação de cada carro vai ser definido única e exclusivamente pelo bolso, e EU É QUE SEI o quanto isso é dificil. Não foi a toa que demorei mais de 6 anos pra fazer um carro do zero. Equipamentos bons são todos caros, a grande maioria importados e complicados de se adquirir. Um grande conselho que posso dar aos amigos é o seguinte: DINHEIRO BOM, É DINHEIRO GASTO UMA ÚNICA VEZ. Se tiverem que deixar o carro algum tempo parado por não terem grana pra comprar aquela peça que seria a solução dos problemas, NÃO EXITEM, PAREM TUDO. Não existe NADA melhor num carro de corrida do que tu botar uma peça lá e ESQUECER que ela existe.

Na peça "quebra-galho" o trabalho é dobrado, o dinheiro é dobrado... é tudo negativamente dobrado! E quando "dá pau" nessa peça, a frustração de levar o carro pra casa e perder uma prova é imensa, ou o correrio pra fazer ele funcionar de novo no meio de uma prova faz perder aquele precisoso tempo do desenvolvimento do carro.

No mais, vão para as provas pelo tesão de acelerar, e não pela obrigação de mostrar algo a alguém... as coisas acontecem sem forçar. Joguem limpo, sigam o regulamento, apresentem um carro seguro e confiável, que isso só agregará em seu nome e de sua equipe. JAMAIS usem de "artifícios secretos ilícitos" pra ganhar aquele décimo de segundo sobre teu concorrete, porque cair do cavalo é muito mais fácil do que montar nele de novo. Aprontem seus carros com um mínimo de 4 dias de antecedência da prova. Tirem aquele tempo pra dar uma boa "encebada" na jóia e conversem com ele... (Sim... sou um cara que acredito que carros tem sentimento... além disso, já peguei muito furo e "cagada" no meu carro neste tempo livre que tive "a sós" com ele!)

 Bueno.... poderia ficar falando o dia todo sobre isso, mas deixamos o restante para uma próxima oportunidade....

Um grande abraço!

Douglas Carbonera
Uso das Ladder Bar, primeiro carro da Categoria STT a empinar com pneus radiais mesmo! Ele está voltando...
Opala logo após ter sido comprado ao lado do antigo Gran Sedan do Pivas.
Foto em memória do Marquinhos da Pro Race, ele está lá em cima nos acompanhando sempre.
Sempre lidando os dois carros atuais. Opala TO e Dodge Street Legal.
Vistoria técnica no Opala Amarelo turbo. Muitos CVS, muitos detalhes, muito trabalho.